terça-feira, 5 de abril de 2011

Dá nada

Eu ando.
Andava também Luzia.
Éramos uma trabalheira danada.
Quando eu não dava de sumir, dava Luzia de aparecer de repente.
Mulher danada que ela é. Se me pegava depois de um dia pesado perigava passar vergonha.
Com ela não tem uma ou duas. É duas ou três, às vezes quatro, e eu que não me cuide!
Eu gosto! Sempre gostei. Desde os tempo da caverna na Augusta... uma daquelas, tem tantas.
Eu ando meio agora.
Ela também tá só metade.
Eu meio dado, Luzia bem danada.
Dá nada ultimamente e eu ando nada com isso.
Mas ela muda. E muda colhe uma muda de silêncio de bem dentro dos meus modos
Só pra plantar no jeito dela e fazer mudar com ela. 
Mudo também, assim em silêncio, como quem tá pensando no que era.
Passa Luzia, passa aqui, ali e passa logo do meu pensamento.
Coisa boa que me deixava cheio de marca.
Mas marca num demarca não. Fica no tempo só pra contar história mesmo.
Ela andou eu também.
Vai Luzia,
traz pra mim aquele copo de malícia.

"e a gente se casa na beira Luluza, na beira do mar"