quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Defenestrar

Estava numa aula de francês quando a professora começa a aumentar o nosso vocabulário ensinando o nome dos objetos que nos rodeiam na sala.
De repente a professorinha diz 'Qu'est-ce que c'est la fenêtre?'... um sorriso me vem à face... sim é a janela!!!

Me ocorreu lembrar do verbo 'defenestrar' que, apesar de estranho, remete apenas ao 'ato de atirar algo ou alguém por uma janela', não que isso seja menos esquisito! Do latim 'fenestra', em português 'fenestra' em francês 'fenêtre'... nada mais, nada menos do que ela a janela. Surge então o verbo defenestrar.
Prática que já foi muito comum na França! A professora confirmou! Na época da Revolução Francesa os esportes favoritos dos franceses eram arrancar cabeças e atirar pessoas pela janela, dependia mais ou menos do nível cultural da vítima, dos assassinos e do acesso a uma guilhotina (elas estavam meio que sobrecarregadas naquele tempo!).
Quando o povo saiu nas ruas exigindo as leis e os direitos do homem e do cidadão a primeira coisa que pensaram foi 'livre acesso ao homicídio!'... por sorte com o tempo as coisas melhoraram (?), mas a palavra ficou e a má fama também.

'primeiro serás guilhotinado e então terás a cabeça defenestrada para divertimento da audiência'





Conclusão importantíssima...


"Meta-defenestração"

domingo, 27 de setembro de 2009

Ops

Reparei que não expliquei o nome do Blog.
Lá vai (diretamente do Recanto das Letras)...


(Wilker Aziz)

Poesia é garrancho sobre pauta
É desespero de homem bêbado
é coisa de Poeta
Deixe aos poetas esse devaneio
Pois poesia é grito babado em meio ao nada
é apelação pra alguém que não escuta
é falar sozinho acompanhado
Deixe a baba aos poetas
Porque poesia é buraco na estrada
é choro de parto, é resgate de criancinha
poesia é passarinho morto é o gato no telhado
é cão matando galinha
é coisa de Poeta
Deixe aos poetas essa droga.

Essa coisa de palavra... tem hora que vicia.
"o poeta não é mais que suas palavras, não é mais do que um rabisco"

A bossa

Reparei que por aqui não tem música que eu toque mais do que a Garota de Ipanema.
Não é que eu não goste da música, na verdade curto pra caramba. Mas é incrível como ela é reconhecida ainda aqui na Velha Terra.
Às vezes eu penso que não sobrou muito da bossa na cultura brasileira. Mas não é verdade não. Conheci um músico espanhol que me disse que o POPULAR brasileiro é um dos únicos (senão o único) estilo POPULAR que usa uma teoria musical tão refinada. Taí, achei! A influência da bossa.
Ainda que os clássicos daquele tempo não sejam mais tão populares, muito do que se toca hoje em dia é bonito porque teve uma boa professora.




O início

Eu bati essa foto do ponto de ônibus onde espero de segunda à sexta o 09 que me leva para o trem.

Eu achei que esse era um bom jeito de explicar a motivação para este blog. Olhar pra isso por uns minutos nos leva a pensar em algumas coisas.
Claro que a falta de movimentação no meu recanto e os blogs bacanas de uns amigos meus também me deram um empurrão. Mas o recanto ainda fica lá, tem uma proposta diferente.
Aquela ali é Belledonne. Bela mesmo!
Agora para ser honesto ela não está mais branca; começa verde e termina cinza.

No início era o nada. E dele tudo isso apareceu.
Eu gosto do nada =)