quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Para Ela

Para uma Stevanato

Ela não me tira as palavras da boca, porque honestamente não me ocorreria pensá-las.
Com uma quase brutalidade, ela me tira as palavras da alma.
As palavras dela são o achado de tudo aquilo que se escondeu.
Ela não pede licensa no reino dessas letras esguias.
Chuta, abre de sopetão, entra sem pedir, escolhe o que quer e sai batendo a porta.
Não é arrogância não.
É só a pureza, é o puro fato de já ter virado parte das palavras.
Ela não fala mais com a língua, fala de dentro dela.
Ela não procura as palavras, estas é que se atiram por ela que de vez em quando cede.
E concede aos meus confusos pensamentos um momento de repouso, de entendimento.
E todas as palavras em que penso param, somem, fogem da cabeça.
Mas não por falta de espaço, apenas por respeito em presença das que foram aceitas.
E este imenso espaço que fica é um dos melhores prazeres da noite.

"com uma quase brutalidade ela me atira as palavras na alma"

5 comentários:

  1. Texto a la will que bem descreve e também homenageia =) parabéns a voz e a alma desse texto!

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  2. Vc conseguiu resumir a relação da Nádia com as palavras... perfeita! As duas coisas: o seu texto, a relação dela! Fã dos 2!!! Um beijo

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  3. E com tanta leveza você me tirou todas. Todas as palavras.

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  4. haha sabe que voce merece um texto de igual peso, não sabe? Você e a Nádia foram, são e sempre serão minhas maiores fontes de inspiração!! =]
    Abraços meu caro!

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  5. heeei.. valeu pelo comentário lá no meu texto cara!!
    Li a hora da estrela sim, mas tenho que confessar que aquele texto está mais ligado à minha fase Saramago! XD
    Longe de mim achar que o texto é digno dele, mas to tentando descobrir o que é que ele tem na escrita que deixa tudo tão bonito! haha...
    Enfim.. Abraços amigo!

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