Ela não me tira as palavras da boca, porque honestamente não me ocorreria pensá-las.
Com uma quase brutalidade, ela me tira as palavras da alma.
As palavras dela são o achado de tudo aquilo que se escondeu.
Ela não pede licensa no reino dessas letras esguias.
Chuta, abre de sopetão, entra sem pedir, escolhe o que quer e sai batendo a porta.
Não é arrogância não.
É só a pureza, é o puro fato de já ter virado parte das palavras.
Ela não fala mais com a língua, fala de dentro dela.
Ela não procura as palavras, estas é que se atiram por ela que de vez em quando cede.
E concede aos meus confusos pensamentos um momento de repouso, de entendimento.
E todas as palavras em que penso param, somem, fogem da cabeça.
Mas não por falta de espaço, apenas por respeito em presença das que foram aceitas.
E este imenso espaço que fica é um dos melhores prazeres da noite.
"com uma quase brutalidade ela me atira as palavras na alma"
Texto a la will que bem descreve e também homenageia =) parabéns a voz e a alma desse texto!
ResponderExcluirVc conseguiu resumir a relação da Nádia com as palavras... perfeita! As duas coisas: o seu texto, a relação dela! Fã dos 2!!! Um beijo
ResponderExcluirE com tanta leveza você me tirou todas. Todas as palavras.
ResponderExcluirhaha sabe que voce merece um texto de igual peso, não sabe? Você e a Nádia foram, são e sempre serão minhas maiores fontes de inspiração!! =]
ResponderExcluirAbraços meu caro!
heeei.. valeu pelo comentário lá no meu texto cara!!
ResponderExcluirLi a hora da estrela sim, mas tenho que confessar que aquele texto está mais ligado à minha fase Saramago! XD
Longe de mim achar que o texto é digno dele, mas to tentando descobrir o que é que ele tem na escrita que deixa tudo tão bonito! haha...
Enfim.. Abraços amigo!